Philip Kotler: o significado e a história do Marketing

O significado de Marketing está nos mais variados lugares, entre variados livros e diferentes autores. Com apenas um clique na internet, em menos de um segundo, é possível encontrar centenas de significados e explicações sobre a história do Marketing.

Afinal o que é marketing e, por que é tão importante para as empresas contemporâneas? Para responder essa questão, vamos analisar o conceito descrito por Philip Kotler: Marketing é um processo social “por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros” (KOTLER, 2000, p.30)

Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício (KOTLER e ARMSTRONG, 1998). Ainda segundo KOTLER (1999, p 155), Marketing é a ciência e a arte de conquistar e manter clientes e desenvolver relacionamentos lucrativos com eles.

Marketing faz parte da estratégia empresarial e está presente nos mais variados setores e organizações. Todo trabalho voltado ao Marketing é realizado com o foco de otimizar lucros para a adequação da produção e oferta de mercadorias ou serviços, sempre buscando atender as necessidades e preferências dos consumidores e clientes dos mais variados gosto e lugares. Para isso, recorre a pesquisas de mercado, design, campanhas publicitárias, atendimentos pós-venda.

Todos os dias o Marketing está presente na vida de qualquer cidadão, em todos os países, dos mais variados lugares. Do início do dia até o seu final, é praticamente impossível uma pessoa não ter contato com o Marketing, seja na roupa que se veste, nos produtos de consumo, em um jingle no rádio ou na televisão, uma propaganda no supermercado, site, outdoor etc. Sempre há uma equipe de marketing trabalhando para que um produto ou serviço chegue até o consumidor.

Na atualidade é praticamente impossível uma organização sobreviver sem Marketing, desde a grande multinacional até a microempresa. Sendo assim, realizar Marketing é uma necessidade real para sobrevivência de qualquer indústria, empresa, negócio que fazem parte da história do Marketing.

Mas qual é a origem do Marketing? Segundo Philip Kotler, em entrevista disponível no site da HSM Experience, já na década de 60, os economistas começam a escrever sobre o tema. No entanto, Kotler, com um novo olhar, reinterpreta a visão dos economistas, que conceituavam o Marketing apenas como ações de vendas, e o concebe como a ” ação para potencializar vendas e aumentar lucros para as organizações”. Uma vez que o vendedor quer apenas vender, a equipe de Marketing tem como principal objetivo ajudar a alavancar as vendas através de pesquisas e publicidades.

Porém, a história do Marketing vem de longa data. Ao olhar a forma de relacionamento das civilizações antigas, onde todos os produtos eram fabricados por artesões, ou seja, produzidos de forma artesanal, o relacionamento entre produtor e consumidor era bem próximo. Isto porque o produtor fabricava seus produtos sob medida, atendendo a necessidade de seu freguês. Podemos usar o exemplo do Alfaiate, que produzia suas roupas sob medida, atendendo o consumidor em tamanho e cor desejada.

Porém, essa relação consumidor e cliente foi interrompida com a chegada da Revolução Industrial, quando a indústria começou a liderar as regras de consumo, definindo o que o consumidor deveria usar, sem apresentar opções. Nesse momento, o Marketing passa a iniciar a primeira de suas 3 fases sendo elas: Marketing de Massa, Marketing de diversificação de Produtos e Target de Marketing.

O Marketing de Massa, como vimos, teve início com a chegada da Revolução Industrial, quando toda produção era para atender e entregar produtos para a população de modo geral, sem se importar com a variedade, gosto ou estilo. O consumidor não era ouvido, apenas atendido.

É importante lembrar que o período pós-primeira guerra foi uma época onde as inovações eram quase um evento histórico, um grande exemplo foi o famoso modelo T criado pela Ford. O modelo ganhou uma linha produção quase que a pronta entrega, algo revolucionário, uma vez que a escassez de modelos era uma verdade para a sociedade da época.

Em uma famosa frase, Henry Ford ressaltou: “Quanto ao meu automóvel, as pessoas podem ter em qualquer cor, desde que seja preta”. A linha de produção só era possível porque a cor preta secava mais rápido, permitindo assim o consumidor receber seu veículo muito mais rápido

Durante o período da Segunda Guerra Mundial houve muita escassez de mão-de-obra masculina, esse fator criou a necessidade das indústrias empregarem crianças em sua produção, o que diminuía muito a qualidade dos produtos. Diante dessa situação, é possível afirmar que não havia nenhuma preocupação com a qualidade da produção e os produtos e serviços eram oferecidos de modo que o consumidor final não pudesse escolher ou opinar.

Após a Segunda Guerra Mundial, algumas economias voltam a dar indícios de recuperação, e com o aumento significativo das indústrias e produção, inicia-se então uma possível concorrência em produtos e serviços a história do Marketing continua. Esse momento tem como origem a “busca por venda”, na qual grandes indústrias começam a focar em produção em massa para combater a concorrência. Ainda assim, o foco está na venda e não no consumidor. O principal objetivo era vender o máximo possível de produtos existentes, sem se preocupar em atender ou entender a necessidade do cliente.

Com o aumento da concorrência, as empresas passaram a diversificar sua linha de produtos, criando opções de vendas. Essa fase caracteriza a segunda etapa do Marketing, a de Diversificação de Produtos. Nessa segunda etapa, as empresas como as de bens de consumo passaram a produzir diferentes sabores, embalagens e cores. Ainda nesse momento da história as empresas focavam em combater a concorrência e o foco ainda não estava em atender a necessidade do consumidor.

Já na década de 80, com a chegada tecnológica e o aumento veloz da concorrência, empresas começam a diversificar seus produtos observando algumas necessidades dos consumidores. Como exemplo, podemos citar a empresa Colorama, que revolucionou o mercado de cosméticos apresentando uma linha de shampoos exclusiva para tipos diferentes de cabelo, iniciando então uma nova era de um mercado ultracompetitivo.